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ALFÂNDEGA DA FÉ


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Noticias 2007

ESTALAGEM SENHORA DAS NEVES
Empresário salva estalagem de falência quase anunciada

Image hosted by servimg.com A empresa FZV - FunZone Villages SA assumiu a gestão da Estalagem da Senhora das Neves, em Alfândega da Fé, bem como o seu passivo de cerca de dois milhões de euros. Desde a sua abertura, há cerca de sete anos, aquele empreendimento, situado na serra de Bornes, acumulou sempre prejuízos anuais a rondar 250 mil euros e caminhava para a falência.

A decisão, tomada há cerca de uma semana, em assembleia de sócios da empresa Alfadegatur, que geria aquela unidade, poderá ter evitado o seu encerramento.

Com aquela solução, o município de Alfândega da Fé reduz de 70% para 48% a sua participação na empresa. Vinte e cinco por cento passam para a FunZone Villages e o restante mantém-se nas mãos dos outros accionistas privados.

Segundo o presidente da Câmara Municipal de Alfândega da Fé, João Carlos Figueiredo, aquela empresa vai entrar de imediato "com 200 mil euros de investimento directo". Dinheiro fresco para fazer face ao prejuízo do último exercício.

A entrada da FunZone Villages na Alfandegatur só foi possível porque mais nenhum sócio se mostrou disponível para investir mais capital. A solução para evitar o encerramento foi admitir a proposta feita por aquela empresa.

Há muito tempo que a Câmara Municipal de Alfândega da Fé procurava sensibilizar privados para participar no capital da Alfandegatur, já que a sua função não passa pela gestão hoteleira. "Nunca foi conseguido. Felizmente agora estamos no bom caminho", disse o edil, esperançado que a decisão agora tomada "dê frutos muito em breve".

Luís Chabi Rodrigues, director da FunZone Villages, salienta que se a estalagem viesse a encerrar, teria custado a cada munícipe de Alfândega da Fé "50 euros por ano". O responsável não explicou quais os projectos que tem na manga para a rentabilizar, limitando-se a dizer que "há várias coisas para concretizar". Remete para daqui a quatro meses, "se tudo correr bem", a apresentação de "uma coisa totalmente inovadora" que faz parte das actividades do projecto FunZone Villages Douro previsto para aquele município.

Eduardo Pinto in JN, 2007-03-26
In Diário de Trás-os-Montes


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Funzone Village Douro avança
Alfândega da Fé

Classificação como Projecto de Interesse Nacional (PIN)

Image hosted by servimg.com Apesar de todas as dúvidas que envolvem o projecto Funzone Villages Douro, o autarca de Alfândega da Fé, João Carlos Figueiredo, assegura que é mesmo para concretizar. Como garantia, avança a confirmação recente pela Agência Portuguesa de Investimento, depois de reapreciar a proposta, de que se trata de um Projecto de Interesse Nacional (PIN).

A desconfiança geral tem aumentado à medida que o tempo passa. Ao facto de se tratar de um investimento de 250 milhões de euros - o maior, de carácter privado, alguma vez feito em Trás-os-Montes - junta-se a demora em ver obra no terreno, nas imediações da barragem da Estevaínha.

O empresário britânico de origem portuguesa Luís Chabi Rodrigues garantiu, há dois meses, que é o projecto seria mesmo uma realidade. Agora, o autarca acena com a garantia que o PIN lhe dá. "Foi sempre nesta base que equacionámos este investimento", alega, acrescentando "Não estivéssemos num país de papéis e o processo poderia estar mais avançado".

Entretanto, houve algumas alterações ao que inicialmente estava previsto. A Câmara não vai doar ao empresário os terrenos para o Funzone, já negociados com os proprietários, e que representam um investimento de 1,5 milhões de euros. "Evoluiu-se para uma situação de venda dos terrenos pelo seu preço real", sintetizou o edil, frisando que "a Câmara não vai perder qualquer dinheiro".

João Carlos Figueiredo assegura ainda que a autarquia salva guardou, também, nos contratos relativos aos terrenos, uma possível marcha-atrás do empreendimento. "Se não se realizar, não teremos que efectivar a compra de mais de metade dos terrenos". De resto, até ao final deste ano terá de se avançar com o Plano de Pormenor do local, sendo que o investidor deverá apresentar à Câmara todos os dossiês necessários para o licenciamento das obras.

O Funzone Villages Douro é um empreendimento turístico que engloba um aldeamento de luxo, com 2000 camas, destinado em especial a famílias em que existam pessoas portadoras de deficiência. Como complemento à estrutura central será criado um parque ecológico, um parque de lazer, uma pista artificial de esqui, uma praia com ondas artificiais, onde será possível praticar surf, e um centro médico que terá em permanência seis ambulâncias de paramédicos, bem como um helicóptero para emergências. Deverá criar 1250 postos de trabalho

Eduardo Pinto in JN, 2007-05-14
In Diário de Trás-os-Montes


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Menos cerejas para vender
Alfândega da Fé

Quebra de produção situa-se na ordem dos 80 por cento


Este ano, a produção de cereja em Alfândega da Fé deverá registar uma quebra na ordem dos 80 por cento. A estimativa é avançada pela Cooperativa Agrícola local que prevê um ano catastrófico para os produtores.

A produção estimada para este ano era de cerca de cem toneladas de cereja, mas tudo indica que não haverá mais de 20. O frio e as chuvas que se fizeram sentir durante a floração são apontadas como as principais causas para esta quebra. “Calcula-se um prejuízo na ordem dos 100 mil euros”, adianta João Henrique, gerente e director da Cooperativa Agrícola de Alfândega da Fé, que, apesar de tudo, garante que a qualidade será boa.

No seio dos produtores reina a desilusão. “Flor havia muita, mas as cerejas são poucas”, queixa-se Manuel Carneiro, um agricultor de Sambade cuja colheita deve ficar em metade relativamente ao ano passado.

A quebra de produção vai igualmente afectar o volume de vendas na Feira da Cereja, em Alfândega da Fé, que se realiza de 7 a 10 de Junho. Em 2006, foram vendidas cerca de 20 toneladas deste fruto no certame. No entanto, este ano, a organização aponta para que sejam comercializadas apenas entre oito a dez toneladas, devendo o preço manter-se nos dois euros por quilo.

De qualquer forma, para garantir que os visitantes não saiam de Alfândega “de mãos a abanar”, João Carlos Figueiredo, o presidente da Câmara, responsável pela organização, garante que têm vindo a ser contactado vários produtores para que não falte cereja na feira.
A edição deste ano, decorre de 7 a 10 de Junho, altura em que a produção no concelho está no auge. “Por isso, quem vier vai ter cereja para comprar”, frisou o autarca, durante a apresentação do programa do evento.

Na feira, onde vão estar presentes cerca de 100 expositores, também será possível encontrar outros produtos da terra, como o mel e o azeite. Com um orçamento de 100 mil euros, a animação musical fica a cargo de Ana Malhoa, André Sardet, Canta Bahia, e Quim Barreiros.

Sandra Bento, Semanário Transmontano, 2007-05-21
In Diário de Trás-os-Montes


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Negócios à volta do Funzone
Alfândega da Fé

Agricultores vendem terrenos a preços acima da média para a construção do aldeamento turístico

Enquanto o Funzone Villages Douro tenta ultrapassar as questões burocráticas, já há agricultores de Alfândega da Fé que lucram com a venda de terrenos destinados ao aldeamento turístico.

Na óptica dos homens da lavoura, o montante pago pelas parcelas representa um “bom negócio”, dada a crise que está a afectar a agricultura. Ou seja, os proprietários preferem vender os terrenos, do que continuarem a depender do que a terra dá.

“O meu irmão tinha uma parcela grande com oliveiras e vinha, mas vendeu porque considerou o negócio vantajoso”, salientou Duarte Araújo, um dos habitantes contactados pelo Jornal Nordeste.

Na óptica do presidente da Câmara Municipal de Alfândega da Fé (CMAF), João Carlos Figueiredo, esta é uma “oportunidade única” para os proprietários, dado que os preços praticados superam os que normalmente são definidos para terrenos agrícolas.
Para já, a autarquia está a concluir as escrituras, para assumir o pagamento de algumas parcelas até ao final deste ano e de outras em 2008.

São cerca de 187 hectares, situados a norte da barragem da Estevainha, 60 dos quais já pertenciam à autarquia. Aliás, a CMAF já tinha projectado um parque de campismo para aquela área, alterando, posteriormente, os planos com a chegada do empresário Chaby Rodrigues, que anunciou um investimento de cerca de 255 milhões de euros.

Câmara celebra escrituras com agricultores que prevêem a anulação do negócio, caso o Funzone não avance

Apesar de se tratar de um projecto grandioso, o edil afirma que acredita na concretização do aldeamento turístico, realçando que a recente manutenção da classificação como Projecto de Interesse Público (PIN) é uma garantia importante para o município.

“Neste momento, estamos a fazer um contrato de compra e venda com a Funzone, para que os terrenos sejam pagos à Câmara ao preço de custo. Ou seja, foi o próprio investidor que preferiu este tipo de contrato que anula a doação que, inicialmente, estava prevista”, salientou João Carlos Figueiredo.
Para já, a autarquia vai desembolsar cerca de um milhão de euros, para adquirir os terrenos onde nascerá o empreendimento turístico.

O edil realça, ainda, que caso o projecto não se concretize, a empresa Funzone é obrigada a ressarcir a autarquia mediante o pagamento do dobro do custo dos terrenos.

Mesmo assim, a CMAF está a ser prudente no negócio. Ou seja, cerca de metade dos terrenos estão a ser comprados através de uma escritura que estabelece que o negócio só terá efeito caso o aldeamento turístico se concretize.

Já a população da vila tem menos certezas quanto ao nascimento do Funzone, evocando o ditado popular: “Quando a esmola é muita, o pobre desconfia”.
Recorde-se que o empreendimento foi anunciado em Maio do ano passado, altura em que se previa o início das obras para o passado mês de Março. No entanto, as questões burocráticas são, segundo Chaby Rodrigues, o principal motivo do atraso do projecto.


Teresa Batista, Jornal Nordeste, 2007-05-21
In Diário de Trás-os-Montes


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Estimular produção é objectivo
Alfândega da Fé

Produtos regionais têm novo apoio à produção e comercialização
Existe uma nova estrutura em Alfândega da Fé que apoia a produção e comercialização dos produtos dos agricultores da região. Esta unidade está instalada na Empresa de Desenvolvimento Municipal de Alfândega da Fé e permite colocar os produtos nas grandes superfícies.

Os agricultores de Alfândega da Fé ganharam uma nova estrutura de apoio à produção e comercialização com ajuda para colocar os produtos regionais seja nas grandes superfícies ou no curioso “mercado da saudade”, disse fonte autárquica.

Este é nome com que Luís Mónico baptizou o destino das muitas encomendas de fumeiro regional que despacha para os emigrantes transmontanos em França. Esta unidade de fumeiro regional é uma das seis instaladas na recente Empresa de Desenvolvimento Municipal de Alfandega da Fé, a EDEAF. O projecto é da Câmara Municipal que, com um novo conceito, pretende estimular a produção local e criar as condições para os agricultores colocarem no mercado os produtos de qualidade regionais. Simultaneamente foi criado um rótulo comum com a marca “Terras de Alfândega”, com a qual os produtos são colocados no mercado e que obedece ao um processo de certificação.

Seis unidades
O projecto desenvolve-se num pavilhão na zona industrial da vila transmontana, onde os espaços são concessionados a empresas ou associações de produtores. O espaço está actualmente ocupado por seis unidades, duas privadas dedicadas à produção de fumeiro. As outras quatro são de natureza municipal ou associativa, nomeadamente uma queijaria, uma central de mel, uma doçaria e uma linha de embalamento e engarrafamento de azeite. A EDEAF presta também serviços aos produtores, sobretudo de embalamento e engarrafamento, disponibilizando as obrigatórias garrafas para o azeite com tampa inviolável ou de dozes individuais.

Controlo de qualidade
A EDEAF tem ainda um laboratório de análises para serviços ao exterior e controlo dos produtos desenvolvidos localmente, nomeadamente na área da queijaria.

Dois jovens engenheiros, um da área alimentar e outro agrícola fazem o controlo técnico deste projecto que já deu emprego a dez mulheres. Carla Reis fazia fumeiro e era paga ao dia, mas agora tem um contracto de trabalho e está simultaneamente no atendimento ao público. No balcão tem uma pilha de caixas recheadas de fumeiro e “prontas para seguir para França”. “É o mercado da saudade, como lhe chama o patrão”, contou à Lusa, referindo-se ao mercado dos emigrantes transmontanos em França, que matam também saudades da sua terra através dos produtos regionais.

Mesmo os agricultores que não pretendam aderir à marca “Terras de Alfândega” podem beneficiar dos serviços da EDEAF, nomeadamente ao nível do embalamento e engarrafamento. O investimento feito superou os 1,15 milhões de euros, segundo disse o presidente da câmara, João Carlos Figueiredo. O autarca tem projectado um segundo pavilhão para a expansão do projecto, mas disse que só avançará quando o primeiro “estiver sustentado”. “O conceito é interessante, mas muito difícil de concretizar”, afirmou, explicando que “tem de ser feito um trabalho de sensibilização junto dos agricultores para mudar mentalidades”.

PJ, 2007-06-11
In Diário de Trás-os-Montes


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Fun Zone adquire quota da Câmara na estalagem

Image hosted by servimg.com O grupo Fun Zone Village vai ficar com parte da propriedade que a Câmara Municipal de Alfândega da Fé detém na Estalagem da Senhora das Neves.
A Assembleia Municipal daquela vila votou ontem a concretização do negócio, com 17 votos a favor do PSD e 14 abstenções do PS.
Assim, o primeiro passo prende-se com a efectivação da entrada de capital privado na sociedade Alfândega Tour, que gere a estalagem, com a subscrição de acções por parte do Fun Zone no valor de 200 mil euros.
Posteriormente, a sociedade agora considerada uma empresa municipal vai passar a sociedade por quotas, ficando a Câmara Municipal de Alfândega da Fé com 48 por cento do capital.
Numa fase mais adiantada do processo, estas acções serão vendidas ao preço simbólico de um cêntimo ao Grupo Fun Zone, um valor que o presidente da Câmara Municipal, João Carlos Figueiredo, considera justo, visto que Alfândega Tour tem uma dívida de cerca de dois milhões de euros, que será assumida pelo investidor privado.
A proposta votada na Assembleia Municipal prevê ainda a manutenção da actual actividade da estalagem.

Dúvidas socialistas

O negócio foi considerado satisfatório por aquele autarca "porque o município deixa de ter encargos", tal como sempre foi intenção desde a criação da Sociedade Alfândega Tour, no tempo em que o Executivo era liderado pelo Partido Socialista.
Os representantes do PS na Assembleia Municipal têm, todavia, muitas dúvidas sobre o negócio e sobre a idoneidade do investidor.
Perante a falta de garantias, defendiam a alienação de capital por parte da autarquia, mas através de um concurso público que permitisse a entrada no investimento por parte de empresários da região.

Glória Lopes in JN, 2007-06-12
In Diário de Trás-os-Montes


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Enchente na Feira da Cereja
Alfândega da Fé

Certame de Alfândega da Fé superou todas as expectativas, apesar das condicionantes económicas

Encerrou, anteontem, ao som do Quim Barreiros, a Feira da Cereja e dos Produtos Biológicos, de Alfândega da Fé.
Ao longo de quatro dias, população e visitantes acorreram em massa ao certame que deu o nome à vila, superando, assim, as previsões iniciais.

“Recebemos bastantes visitantes, pelo que, apesar das condicionantes económicas, ultrapassámos todas as expectativas”, realçou o presidente da Câmara Municipal de Alfândega da Fé (CMAF), João Figueiredo. Com uma quebra na produção de cereja na ordem dos 80 por cento, o edil sublinhou que as quantidades disponibilizadas no certame foram suficientes para fazer face aos pedidos dos visitantes. “A redução na produção não representou qualquer problema, pois a cooperativa assegurou tudo para que não houvesse falta deste fruto”, sublinhou o autarca. Com cerca de 100 expositores do sector do artesanato, produtos biológicos e regionais, o certame contou, também, com um cartaz recheado de nomes sonantes da música portuguesa e internacional, como Ana Malhoa, André Sardet, Canta Bahia e Quim Barreiros.

Sandra Canteiro, Jornal Nordeste, 2007-06-14
In Diário de Trás-os-Montes


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FunZone Villages reprovado
Alfândega da Fé

IDRH (Instituto de Desenvolvimento Rural e Hidráulica) opõe-se a projecto turístico de 250 M€

O empreendimento turístico de 250 milhões de euros FunZone Villages, previsto para Alfândega da Fé, tem a oposição de um organismo estatal por causa da água que vai ter de disputar com as necessidades de regadio dos agricultores da zona.
O Instituto de Desenvolvimento Rural e Hidráulica (IDRH) deu pareceu desfavorável ao complexo projectado para Alfândega da Fé, apurou a agência Lusa junto do Ministério da Agricultura.
De acordo com esclarecimentos prestados pelo Ministério, por escrito, o IDRa entende que o complexo turístico «compromete» o futuro dos recursos hídricos daquela zona.
O presidente da Câmara de Alfândega da Fé, João Carlos Figueiredo, considerou, em declarações à Lusa, que se trata de um parecer de «alguém que tem apenas conhecimento no papel».
Segundo o autarca social-democrata, «esta questão está a ser levantada por causa de um plano de regadio previsto há mais de 20 anos e que ainda não foi totalmente concretizado».

O IDRH assegura que o seu parecer reflecte também as preocupações dos agricultores da zona, mas o edil diz não ter dúvidas se tivesse de optar.

«Se me pusessem a questão, entre 200 hectares de regadio para hortas de jardins e o empreendimento turístico, em definitivo eu prefiro o empreendimento», disse à Lusa.

Para João Carlos Figueiredo, está em causa, inclusive, o desenvolvimento agrícola do concelho, na medida em que o autarca acredita que o FunZone Villages vai estimular toda a economia local.
O problema é que necessitará de milhões de metros cúbicos de água por ano para parques aquáticos, piscinas e outros espaços de lazer, como uma praia coberta com ondas de dois metros de altura.
Tudo isto na mesma zona dos regadios do Aproveitamento Hidroagrícola de Alfândega da Fé (AHAF) e do Vale da Vilariça, um dos vales mais férteis do país, com potencialidades por explorar devido, exactamente, à falta de água.
O presidente da cooperativa agrícola de Alfândega da Fé, e também líder da oposição municipal, o socialista Eduardo Tavares, garante que «os agricultores não são contra o projecto». <+> «O projecto até seria uma mais valia e nós somos a favor, desde que não prejudique o regadio existente e os agricultores», disse à agência Lusa.
Eduardo Tavares contou, também, que a cooperativa foi ouvida pelo (IDRH) e manifestou esta posição.
O dirigente agrícola lembra que a cooperativa tem 300 hectares de terrenos na zona, junto com outros agricultores, e que tem enfrentado sucessivos anos de seca.
O presidente da Câmara lembra que o plano de regadio que está na base da polémica ainda não se encontra concluído nem a metade do projectado.
A base deste plano de regadio é a barragem da Esteveinha, que o FunZone Villages quer também aproveitar como mais valia para a oferta turística. O IDRa entende que o empreendimento turístico «merece parecer desfavorável por na área do projecto, coincidente com a beneficiada pelo AHAF, estarem previstas acções que não estão em conformidade com o regime jurídico, nem com a classificação da área pelo Plano Director Municipal (PDM)».

Entende ainda que deve ser ouvido o Instituto da Água, por forma a não ser posto em causa também o abastecimento às populações, já que a barragem de Esteveinha destina-se também a este fim. Alerta, ainda, que a albufeira está classificada como protegida, o que limita as intervenções no local. Fonte da empresa intermunicipal Águas de Trás-os-Montes disse à Lusa que «a solução para o projecto não é incompatível com os recursos hídricos existentes e já foi avaliada, faltando apenas acertar a tarifa com os promotores».
Apesar de considerar o projecto comprometedor do regadio, o IDRH concluiu que o parecer desfavorável pode ser ultrapassado, bastando haver «alterações ao PDM, que reclassifiquem e requalifiquem o uso do solo e excluam a área beneficiada pelo AHAF». O presidente da Câmara está convencido de que «basta desanexar 50 hectares da reserva agrícola para resolver a questão», e espera conseguir chegar a um consenso com o IDRH.

Lusa/DD, 2007-06-17
In Diário de Trás-os-Montes


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FunZone Villages - Douro
Alfândega da Fé

IEFP prepara cursos para projecto turístico

O Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) de Bragança está a preparar cursos específicos para responder à procura de mão-de-obra para o empreendimento turístico de 250 milhões de euros projectado para Alfândega da Fé.
O FunZone Villages - Douro, assim se chama o empreendimento turístico, promete criar 1.300 novos postos de trabalho, um número próximo do total de residentes na sede de um concelho sem mão-de-obra, sobretudo qualificada, o que indicia que haverá falta de trabalhadores.
Mas o responsável pelo núcleo distrital do IEFP de Bragança, Fernando Calado, garantiu à agência Lusa que a entidade está a preparar cursos específicos tendo o FunZone em vista e que estará apto a dar resposta às solicitações.
«Podemos dar resposta», disse à Lusa, Fernando Calado, que é responsável do IEFP nos 12 concelhos do distrito de Bragança e, também, no de Foz Côa, na Guarda. Fernando Calado adiantou que aquele organismo já incluiu no plano de formação alguns cursos especificamente vocacionados para as necessidades deste empreendimento, nomeadamente geriatria, apoio à família, cozinha, empregado de mesa. Segundo disse, os cursos estão já em projecto e podem avançar a qualquer momento, já que a metodologia do IEFP permite lançar cursos todos os meses ao longo do ano. Afirmou ainda que estes cursos vão ser ministrados em todos os centros de formação da região e não apenas no de Alfândega da Fé. O presidente da Câmara, João Carlos Figueiredo, tinha admitido, anteriormente, à Lusa, que o concelho não tem gente para dar resposta ao número de postos de trabalho necessário, apesar do desemprego e da falta de oportunidades que afectam o interior do país.

Mesmo assim, João Carlos Figueiredo está convencido de que o empreendimento dará emprego a «300 ou 400 pessoas da região». Os restantes postos de trabalho, sobretudo os mais qualificados, terão de ser preenchidos com gente de fora. E é aqui que o autarca vê outra oportunidade deste projecto: inverter a tendência de êxodo e despovoamento do seu concelho. João Carlos Figueiredo acredita que o FunZone vai ajudar a povoar e a expandir, sobretudo a vila, que também não tem condições para albergar tanta gente. Acredita ainda que impulsionará o rejuvenescimento da população numa zona envelhecida em que uma parte significativa dos 6.000 residentes são idosos. O responsável pelo projecto, Chaby Rodrigues, disse à Lusa que pretende recrutar pessoal por toda a Europa e que condição obrigatória para trabalhar neste empreendimento será falar, pelo menos duas línguas, à cabeça o inglês.
Assegura que «as pessoas serão recrutadas por mérito próprio e pelas suas qualificações».

«Nada de cunhas», afirmou.

Lança, contudo, o repto à população local: «têm quatro anos para se qualificarem», referindo-se ao prazo previsto para a execução do projecto.
O empresário justifica o anúncio ainda numa fase precoce do projecto «exactamente para dar tempo às pessoas para se prepararem» e já fez contactos com o IEFP para disponibilizar formação adequada às necessidades.
Chaby Rodrigues promete a quem vier a ocupar os postos de trabalho ordenados acima da média nacional e muito superiores ao salário mínimo.

«Vamos pagar entre 20 a 25 mil euros/ano de ordenado médio na empresa», afirmou, um valor próximo dos 1700 euros mensais. Segundo disse, dentro de alguns meses estarão no terreno a trabalhar 200 técnicos de várias especialidades para começarem a desenvolver o projecto, que vai entrar na fase de elaboração dos planos de pormenor e estudos de impacte ambiental e geológicos. Nenhum dos técnicos é da região, de acordo com o empresário, que disse ter tido necessidade de recrutar especialistas em diversos países, desde a Inglaterra, Holanda à China.

Lusa/DD, 2007-06-25
In Diário de Trás-os-Montes


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Santuário de Santo Antão da Barca
Alfândega da Fé

Opiniões divididas quanto a novo local do santuário

O povo de Parada, Alfândega da Fé, garante não ter conhecimento da intenção da EDP de mudar para outro local o santuário de Santo Antão da Barca. A preocupação surgiu após o anúncio público da construção da Barragem do Baixo Sabor.

O santuário está implantado num local que dista pouco mais de 500 metros da margem direita do rio Sabor. No entanto a população está satisfeita com a construção do empreendimento hidroeléctrico, já que o mesmo "vai trazer desenvolvimento." O santuário é datado do século XVIII sendo um dos locais religiosos mais emblemáticos no vale do rio Sabor.

A devoção ao Divino Senhor da Barca abrange um número significativo de crentes de Alfândega da Fé, Mogadouro e Torre de Moncorvo, que o consideram " santo milagreiro." " Que eu saiba ainda não há informação oficial em relação ao futuro do santuário. Não foi dito para onde vai ser mudado, nem a forma com será conduzido todo o processo.

O que a população pretende é que a capela fique com a traça original," disse ao JN, José Ribeiro, de Parada. Apesar de alguma preocupação quanto à anunciada mudança de local do santuário, as opiniões dividem-se. Fala-se de alguns cenários possíveis; no entanto, o lugar do Rebentão, muito próximo do local onde se encontra o templo, é o que vai gerando maior consenso.

"Nós queremos que o Santo fique o mais perto possível das águas do rio, acho bem que a decisão seja tomada o mais rapidamente possível, já que poderá haver atrasos nas obras de trasladação do imóvel, o que pode tornar-se complicado dada a devoção das pessoas ao Santo Antão," observa António Madureira.

Há pessoas que defendem que todos os imóveis que fazem parte do santuário deveriam ser mudados para um local o mais próximo possível da aldeia, já que o santuário é composto por uma série de edifícios que poderiam proporcionar melhores condições de vida às pessoas da aldeia, como é caso dos alojamentos dos peregrinos que poderiam ser transformados em locais de acolhimento para os mais idosos.

" Na minha opinião, já que o santuário vai ser mudado, deveria ser para um local próximo da aldeia com um dupla finalidade evitar os assaltos de arte sacra e criar condições de vida para a população, já que vai ser tudo feito de novo," defende Luís Lourenço.

Ao que o JN apurou, está agendada uma reunião para o próximo dia 26 em Alfândega da Fé, com a finalidade de discutir o assunto e que vai juntar à mesa, representantes da população, EDP, Junta de Freguesia de Parada e município de Alfândega da Fé.

Francisco Pinto in JN, 2007-09-19
In Diário de Trás-os-Montes


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Autarquias oferecem manuais escolares
Alfândega da Fé

Estudantes de Alfândega da Fé, Miranda do Douro e Vimioso recebem livros gratuitamente

Em Alfândega da Fé, Miranda do Douro e Vimioso o início do ano lectivo foi assinalado com a entrega de manuais escolares a todos os alunos do 1º Ciclo.

As autarquias oferecem os livros gratuitamente, para que todas as crianças posam ter acesso à educação sem encargos para as famílias.

A Câmara Municipal de Alfândega da Fé foi pioneira na distribuição de manuais a todos os estudantes do concelho que frequentam o ensino obrigatório. “É uma iniciativa que vai além dos alunos do 1º Ciclo, porque consideramos que a escolaridade obrigatória deve ser gratuita para todos os estudantes”, afirma o vereador da Câmara Municipal de Alfândega da Fé, Arsénio Pereira.
Além disso, é um incentivo para que os jovens concluam o 9º ano, aliviando as famílias dos encargos financeiros com a Educação.

Este exemplo foi seguido pelas autarquias de Miranda do Douro e Vimioso ao nível do 1º Ciclo. O início do ano lectivo nas escolas de Miranda, Sendim, Palaçoulo, Vimioso e Argozelo foi assinalado com a entrega de manuais escolares a todos os alunos.

Trata-se de uma aposta na educação, que liberta a carteira das famílias do Nordeste Transmontano, visto que os livros representam o maior investimento no início de cada ano lectivo.

Teresa Batista, Jornal Nordeste, 2007-10-02
In Diário de Trás-os-Montes


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